terça-feira, 24 de setembro de 2013

BRASIL VENCE A ARGENTINA, E SE GARANTE NAS SEMIFINAIS DA COPA AMÉRICA DE BASQUETE FEMININO

Via GloboEsporte.com

No duelo das encaradas e de maior rivalidade da Copa América, o Brasil superou a Argentina por 69 a 60, e assegurou antecipadamente a vaga para a semifinal. A partida tensa e muito disputada ganhou contornos dramáticos no fim, com a reação das hermanas, as brasileiras retomaram o controle e mostraram que são soberanas em Xalapa. Com o resultado, o time comandado por Luiz Augusto Zanon assegurou antecipadamente a vaga na semifinal do torneio, eliminando as adversárias, que lutaram com unhas e dentes para sobreviver no jogo de “vida ou morte”.
A argentina Vega foi a cestinha da partida, com 23 pontos e sete rebotes. A equipe verde-amarela funcionou bem como um todo, e as maiores pontuadoras foram Karla (13), Clarissa (12), Damiris (14), Nádia (10) e Adrianinha (9). Felizes com a vitória contundente, as brasileiras se abraçaram em uma rodinha, dando voltas na quadra com pulos e gritos de “Brasil! Brasil!”
O Brasil começou pressionando as adversárias, com marcação forte e um contra-ataque eficiente, abrindo 10  a 3. As argentinas tentavam diminuir a diferença com arremessos de longa distância, mas não estavam com sorte, e acabavam esbarrando no aro. Quando ameaçaram as brasileiras, Tatiane tratou de afastar o perigo com uma cesta de três pontos (13 a 6). Craque da seleção argentina, a pivô Gisella Vega gritava “Vamos!”, na tentativa de animar as companheiras. Baixinha de 1,60m, Gretter armou boas jogadas, mas as hermanas tinham dificuldades de furar a defesa verde-amarela no garrafão.

Com as brasileiras mais jovens em quadra, as argentinas reagiram e encostaram no placar (18 a 17), graças aos sete pontos anotados por Vega. Após sofrer uma falta, a pivô de 1,85m, que atua pelo espanhol Mann Filter, acertou os dois tiros livres e colocou a Argentina na frente do placar pela primeira vez no fim do primeiro quarto: 19 a 18.
O equilíbrio deu a tônica do segundo quarto. Com um arremesso certeiro de longa distância, Karla virou o jogo: 22 a 21. Cristian Santander, técnico das rivais, quase invadia a quadra para incentivar o time, com palmas e gritos de “Vamos! Vamos!”. A rivalidade era clara, e o jogo ficou truncado, com provocações de ambos os lados. As duas seleções se revezaram na dianteira, até que o Brasil abriu oito pontos de diferença (33 a 25), beneficiado por mais uma cesta de três pontos de Karla, que estava com a pontaria calibrada, e arremessos certeiros de Nádia e Clarissa, fugindo de uma marcação cerrada.
Mastigando compulsivamente um chiclete, Zanon passava as instruções para as brasileiras à beira da quadra. Karla ainda arriscou uma ponte-aérea no último segundo, mas faltou altura. A equipe verde-amarela foi para o intervalo na frente: 33 a 27. Vega foi o maior destaque do primeiro tempo, com 11 pontos e quatro rebotes. Com a pontaria calibrada, Karla, Tatiane, Damiris e Clarissa foram as mais perigosas do Brasil.
Pressão argentina e alívio brasileiro
Com Adrianinha de volta e jogando com raça, o time verde-amarelo ampliou com Nádia, que acertou uma bandeja na terceira tentativa e bateu no peito para comemorar: 42 a 34. Nervosas, as argentinas, que quase não erraram arremessos nos treinos, não conseguiam pontuar. A três minutos do fim do terceiro quarto, a vantagem brasileira era de 10 pontos (47 a 37). A disputa seguiu acirrada e as encaradas na quadra eram um show à parte. Com uma bandeira da Argentina, três torcedores eram os mais empolgados na torcida, levantando o time no grito. No último minuto, as hermanas encostaram no placar (47 a 43). Não por muito tempo, para a irritação de Cristian Santander, que bufava e esbraveja com as jogadoras, apontando para o placar eletrônico: 54 a 45, no estourar do cronômetro.
Na última parcial, as argentinas estavam com ânimos à flor da pele. Gretter levou bronca da juíza canadense, linha dura, pelo jogo físico agressivo. O técnico da seleção argentina também ouviu o sermão pelas sucessivas vezes que quase invadiu a quadra. Desesperado, Santander colocava as mãos no rosto e olhava para os céus como se esperasse por algum milagre. E a vantagem que era de 11 pontos caiu para um, a cinco minutos do fim: 56 a 55. A reviravolta obrigou Zanon a pedir tempo.
Implacável no garrafão, Vega anotou o seu 21º ponto e colocou as adversárias na frente: 57 a 56. O confronto ganhou contornos dramáticos. Experiente, Adrianinha acertou um arremesso de três, e Clarissa ampliou com dois tiros livres, virando o jogo: 61 a 57. A veterana Erica Carolina Sanchez, que tem quatro Mundiais na bagagem, sofreu falta e converteu os dois lances livres: 64 a 60. Gretter deu drible da vaca e arriscou um arremesso de longa distância no último minuto, mas a bola bateu no aro e foi para fora. Com marcação acirrada e um bom contra-ataque, o time verde-amarelo abriu nove pontos e selou a vitória suada por 69 a 60.

Nenhum comentário:

Postar um comentário